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Kibe Loco

 

 

Tratamento de Choque: Marie Antoinette (2006)


Acostumada a retratar personagens deslocados, fora de foco e desgostosos com o que os cercam, Sofia Coppola partiu para seu projeto mais ousado e ambicioso, retratar em tela grande a vida da austríaca Maria Antonieta, que deixou seu país de origem rumo à França para casar com Luis Auguste, o filho do Rei Luís XV, que, quatro anos depois, foi coroado como Luís XVI. A produção é uma adaptação de Marie Antoinette: The Journey, livro da autora Antonia Fraser sobre a rainha francesa.

Como nada da filmografia da herdeira do clã Coppola pode ser considerado convencional, fica até fácil compreender os
motivos que levaram o filme a ser vaiado no Festival de Cannes do ano passado, culminando em uma série de críticas negativas que tentaram diminuir a importânci
a e qualidade do filme, fundamentadas apenas em moralismos e rigidez histórica. Sofia não costuma fazer concessões, e com Marie Antoinette não foi diferente. Anacrônico, vigoroso e extremamente humano, o filme se destaca em meio a produções de época corretas e caretas, abusando de recursos até então impensáveis para produções de ‘reis e rainhas’.

Com Marie Antoinette, Sofia fecha o que seria uma trilogia onde mulheres interessantes vêem-se presas, física e emocionalmente, como as meninas de As Virgens Suicidas (The Virgin Suicides, 1999) presas a uma casa e a uma educação rigorosa, a jovem esposa de Encontros e Desencontros (Lost in Translation, 2003) naquele hotel, casamento falido e cidade estranha, e agora Maria Antonieta no Palácio de Versalhes.

Kirsten Dunst, em sua segunda colaboração com a diretora, encarna maravilhosamente bem a patricinha frívola e fútil desenhada pelo roteiro de Sofia. Não cabe aqui apontar equívocos históricos ou excesso de liberdade criativa. A fuga dos rótulos de uma biografia convencional sempre foi a meta da produção. A personagem é mostrada como uma adolescente inicialmente deslumbrada com o luxo e a riqueza da corte francesa, cujo encanto se esvai à medida que a cortina dos jogos de interesse e intrigas do palácio se abre para a jovem princesa prometida. Nada teria dado certo caso a interpretação da meiga 'Mary Jane' não funcionasse.

O filme traça um curioso paralelo com Barry Lyndon (Stanley Kubrick, 1975), retrato da Ingalterra do século 18 pintado por Kubrick, seja na abordagem do casamento como ferramenta de ascensão social, seja no uso da paleta de cores pastéis e fotografia rebuscada, dando a impressão que estamos assistindo a um filme-sonho, com planos nos quais a paisagem se reflete no próprio personagem que a observa. Tecnicamente, Marie Antoinette é impecável. Sonoramente também. O anacronismo auditivo imposto pela diretora, mesclando composições clássicas com o mais puro rock ‘new romantic’ é genial, utilizando músicas de grupos como o New Order, The Strokes e Air, tornando a trilha sonora decisiva em várias cenas.

Deixando perguntas sem respostas, abusando de cortes inteligentes e grandes saltos temporais, brincando com o expectador com referências visuais divertidas, o moderno Marie Antoinette e sua atmosfera cool, pinta a jovem e bela rainha com cores claras e luminosas, mostrando-a adolescente, sincera, jovial, subversiva, libidinosa e, principalmente, humana. Poderia ser você, ou qualquer outra mulher em qualquer outro lugar do mundo!

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6 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Cel... tô com preguiça de ler, acredita?!
kkk.... mas tive aqui , li os prmeiros paragrafos....
mas tô ouvindo uma musica que me deixa meio retardado.. entao sem condiçoes!!
hasta la vista!

terça-feira, março 13, 2007  
Blogger Unknown disse...

Incrível seu comentário, pra lá de situacional, vc realmente conseguiu descrever bem o filme, bem como nos dxar por dentro da diretora Sofia e suas façanhas em outros filmes, e o q é melhor contextualizando....Amei seu blog amigo, ele será um dos meus milhares medicamentos, só vai perder pru dramin, vc sab meu apego por ele né??rsrsrsrs
PaRaBéNs amigo, o maximo!!
Abraço e saudades!!!

terça-feira, março 13, 2007  
Blogger ane. disse...

honey moon.five stars, and a big writer.how i can´t see that movie?that words about them stay in my mind, dancing, floating.i must need see that movie now!luv ia dear.

quarta-feira, março 14, 2007  
Blogger novafísica disse...

Instigante...Que menina chata essa anilinha. Achoq ue cinco estrelas mesmo até agora foi a crítica, mas espero poder considera-lo "five stars". Hollywood tem muitos filmes bons e fico feliz pq sei q meus amigos tb indicam filmes q ficam longe do mercado(oscar) p dá valor aos novos filmes de forma circuspecta. N que seja o caso desse...Vou assistir.

quarta-feira, março 14, 2007  
Anonymous Anônimo disse...

FAÇAMOS UM TRATO...EU ASSISTO ANTES AO FILME, E DEPOIS LEIO SEU TEXTO PARA VER ONDE CONCORDO E ONDE DISCORDO...
TEXTO LONGO E CHATO... DESCULPE, VC SABE Q EU SOU SINCERO! RISOS! TÉCNICO DEMAIS, EMOCIONAL "DEMENOS"! MAS ISSO NÃO TIRA A QUALIDADE DO TRATAMENTO, O QUAL FAREI CONSTANTEMENTE, ESPECIALMENTE POR CONHECER SUAS OBRAS E SABER Q VC SEMPRE COSEGUE IR ALÉM! CARPE DIEM! CARPE NOCTEM! JUST CARPE IT!

sexta-feira, março 16, 2007  
Anonymous Anônimo disse...

FAÇAMOS UM TRATO...EU ASSISTO ANTES AO FILME, E DEPOIS LEIO SEU TEXTO PARA VER ONDE CONCORDO E ONDE DISCORDO...
TEXTO LONGO E CHATO... DESCULPE, VC SABE Q EU SOU SINCERO! RISOS! TÉCNICO DEMAIS, EMOCIONAL "DEMENOS"! MAS ISSO NÃO TIRA A QUALIDADE DO TRATAMENTO, O QUAL FAREI CONSTANTEMENTE, ESPECIALMENTE POR CONHECER SUAS OBRAS E SABER Q VC SEMPRE COSEGUE IR ALÉM! CARPE DIEM! CARPE NOCTEM! JUST CARPE IT!

sexta-feira, março 16, 2007  

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