TARJA VERMELHA: Tratamento de Choque: Babel (2006) <body topmargin="0" leftmargin="0">
 

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Tratamento de Choque: Babel (2006)


O poder da palavra é imensurável. Palavras unem e destroem. Palavras confortam e ferem. Palavras não são somente palavras. Significados e símbolos indecifráveis ganham contornos, formas, cores e sons. O falar solidifica. O comunicar globaliza. A falta de palavras (ou de comunicação) leva à desordem, ao caos. Gera intolerância, preconceitos, casamentos falidos, pais ausentes e filhos disfuncionais.

Pensando nisso, o diretor mexicano Alejandro González Iñárritu (Amores Perros, 21 Gramas) concebeu Babel. Em seus melhores momentos o filme assombra. Em seus piores, soa como tese panfletária demagógica. Talvez Iñarritu tenha realizado o seu filme mais estéril. Porém o mais repleto de simbolismo. Talvez o mais etéreo, mas não o mais contundente. O que sobrava nos dois anteriores falta neste: emoção! O que estava ausente anteriormente apresenta-se desta vez: pretensão. Babel não sobrevive sozinho, se tornando extremamente dependente de seus irmãos mais velhos. E isso não é um elogio.

Não é um filme ruim. Longe disso. Talvez seus erros tenham sido propositais. Talvez a intenção tenha sido jogar um balde de água fria. Ou um balde com gelo, como preferirem. Mesmo se passando em sua maior parte em dois desertos (México e Marrocos), Babel é gelado. Mas o gelo queima, fere e dói.

Babel é sinestésico. Cheira a suor e sangue. O odor que exala nem sempre é agradável. A música de ‘Babel’ é harmônica, intercalando cenas de pura poesia visual. Babel pulsa e corta e preenche vazios, mesmo sendo vazio em grande parte. O peso de Babel é medido em toneladas, não em míseras gramas. Porém, grandiosidade de execução nem sempre significa grandiosidade de alma.

By Céu

Download do filme - Parte 1
Download do filme - Parte 2

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6 Comentários:

Blogger ane. disse...

sinceramente?se eu disser alguma coisa aqui,estraga o peso que estou sentindo.marcel,parabéns.foi o máximo que pude sentir com os olhos.

quarta-feira, março 21, 2007  
Anonymous Anônimo disse...

FINALMENTE UM TEXTO RESENHA ESCRITO POR CÉU, Q EU GOSTEI DE LER! UMA MARRETADA, SEM PERDER A SUTILEZA! INCRIVEL ESSA CAPACIDADE Q VC TEM! E CONSEGUIU ATIÇAR MINHA VONTADE DE VER O FILME! CARPE DIEM. CARPE NOCTEM. JUST CARPE IT!

quarta-feira, março 21, 2007  
Blogger Tatiana Mendonça disse...

eu gosto de babel, mesmo que as pessoas tenham desistido de gostar dele. se o próprio Iñarritu disse que sente como se estivesse fazendo sempre o mesmo filme, quem sou eu pra discordar. o que eu amo mais é 21 gramas, apesar de nao ter gael.

quarta-feira, março 21, 2007  
Blogger Joedson disse...

Ainda n assisti. Mas ve-lo pelos seus olhos foi perfeito. Milhares de pessoas ja devem ter te dito q vc escreve bem. Mas n dá pra ler e não comentar. Tenhu que dizer. Parabéns sua critica está otima. Vou querer assistir agora pra v o q eu axo tb. Hehehe. Abraços cara!!

quarta-feira, março 21, 2007  
Blogger novafísica disse...

Não sei se foi intenção, pode ser ou não. Mas a dualidade isana que você trouxe ao texto, através inclusive de ligações e concordâncias com um nível paradoxical entre as palavras, me fez tentar imaginar um filme que nem concretizo em mente"; pois pois, agora vou ter que fazer um download desse tal Babel não é? Pra dizer a verdade o filme pode até ser ruim, mas o texto fascina. Você pensa que nós mortais não somos capazes de te entender? Estou te conhecendo aos poucos e já achava que te conhecia, não posso evitar, deixar de falar...Vou te entender por quase inteiro um dia.

quarta-feira, março 21, 2007  
Blogger Unknown disse...

É...vou ter de baixar now!

quinta-feira, março 29, 2007  

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